Carla de Oliveira – Portal do Ministério Público – 14/11/08
Mantido o atual modelo de ocupação da bacia do Ribeirão João Leite, os níveis de contaminação da água, decorrente da ocupação desordenada do solo na região, pode alcançar índices críticos, a ponto de comprometer o consumo pela população. A situação atual, segundo o biólogo Osmar Pires, coordenador do estudo Modelagem e Estudo de Viabilidade com Vistas à Estruturação de Empreendimento Turístico - Diagnóstico Ambiental e Possibilidades de Usos Sustentáveis da APA do Ribeiro João Leite, é muito grave e pode piorar, caso não sejam adotadas medidas para conter a ocupação desordenada e garantir o desenvolvimento sustentável da região.
O estudo, elaborado em parceria entre a Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg) e a Secretaria Municipal de Turismo, foi apresentado ontem ao prefeito Iris Rezende. A bacia do João Leite atravessa sete municípios, sendo Goiânia o maior centro de urbanização do entorno da bacia.
Um dos principais impactos negativos, assinala o biólogo, pode ser sentido pela barragem do Ribeirão João Leite, construída para garantir o abastecimento de água potável à população da Grande Goiânia até 2025. Caso continue também o lançamento clandestino de efluentes e de produtos usados na agropecuária a vida da útil da barragem pode ser reduzida em até 50%. O biólogo afirma que o poder público precisa se antecipar e definir o modelo de ocupação desejável, dentro dos limites aceitáveis, para evitar a clandestinidade e a ocupação inadequada.
http://www.mp.go.gov.br/portalweb/conteudo.jsp?page=11&pageLink=1&conteudo=noticia/ccd3865e229211e6f2beecdec4774cce.html
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